Afinal, inclusão ou lucro? Hoje, muitas campanhas publicitárias estão usando pessoas LGBTQIA+ para ilustrar produtos e serviços. Será que essas campanhas estão fazendo certo? Vamos conferir:
Durante muitos anos, a maioria das marcas investiram tempo e dinheiro em pessoas heterossexuais, de perfil latino-americano e entre outros. No entanto, pessoas com outra classificação acabaram não sendo tão incluídas, quanto a todas as outras pessoas.
Hoje, o cenário mudou completamente, e notamos muitas campanhas publicitárias utilizando pessoas LGBTQIA+. Será apenas uma jogada de mídia? Depende de como apresentam a imagem destes consumidores.
Estudiosos do mercado, alguns mencionando até mesmo a economia mundial — mostraram que a comunidade LGBTQIA+ são altos consumidores, quando comparado ao público hetero. Para economistas, esse tipo de trabalho em publicidade foi chamado de ‘’pink money’’.
Lucro ou inclusão?
Para entendermos melhor e refletirmos se uma marca está apenas visando ‘’pink money’’ ou a mesma quer de fato incluir mais essas pessoas, é preciso notar em como a publicidade está sendo mostrada; forçada ou natural?
Ninguém procura criar uma campanha forçada, mas o movimento LGBTQIA+ precisa ser incluída sem mentiras da mídia e sim, com total naturalidade, mostrando como a comunidade realmente é, isso de fato, é inclusão. Ao contrário, apenas lucro das empresas.
A verdade por trás
Além de um bom comercial, é preciso refletir se as marcas que estão divulgando a comunidade, também estão representando-o em seu ambiente de trabalho, prezando por igualdade e inclusão social.
Será que todos os benefícios que fornecem para todos funcionários, são os mesmos que para os LGBTQIA+? Sua marca preza por igualdade? São perguntas que devemos questionar essas marcas.
Precisamos falar sobre isso
Apenas de hoje em dia, empresas estão com uma postura mais clara e inclusiva, há muitas outras marcas que ainda resistem a falar sobre isso.
Em 2021, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) gerou grande polêmica com a criação do projeto de lei 504 de autoria da deputada Marta Costa (PSD) que visava proibir a veiculação de comerciais e outras publicidades com a presença de LGBTQIA+.
Segundo a deputada, o objetivo era limitar a veiculação da publicidade que incentiva o consumidor a práticas danosas. Claro, após inúmeras recusas e repercussão negativa, o projeto foi retirado de votação e não há previsão para retorno.
Alguns cases famosos
A empresa Boticário, foi pioneira em retratar casais homossexuais, geralmente em campanhas do dia dos namorados.
As Casas Bahias trouxeram os ex-bbbs Gilberto Nogueira e Lucas Penteado.
O Mercado Livre é uma empresa que está sempre apoiando causas, criando eventos e também realizando campanhas com orgulho LGBTQIA+
Lojas Americanas lançaram campanhas com representação
Submarino lançou campanha com representação.
Em 2017, empresas como Renner, Natura e Vick, também lançaram campanhas publicitárias com a presença de pessoas LGBTQIA+
Algumas marcas como Boticário, sofreram muitas ameaças e acabaram suspendendo alguns comerciais, por represália pública e somente em 2021 voltaram a veicular novos comerciais com pessoas da comunidade.
Mídia certa e lugar certo
O começo nunca é fácil. Algumas marcas que começaram a apoiar e incluir a comunidade em seus comerciais, criaram em marcas que já falavam com esse consumidor de outras formas, procurando pessoas da comunidade para direcionar melhor a mensagem.
Outro ponto importante de 2022, é que muitas marcas, de diversas áreas, estão já trabalhando seus comerciais com pessoas da comunidade LGBTQIA+. Além do sucesso das campanhas, outro incrível marco que está acontecendo é a grande inclusão destas pessoas em novos empregos e toda tratativa positiva das equipes.
Como pessoas, acreditamos que todos merecem ter seu ponto de voz, e nunca podem ficar calados. Afinal, é de direito de todos a comunicação livre.
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